segunda-feira, 13 de setembro de 2010
11 de Setembro, nove anos depois.

A data de 11 de Setembro de 2001 ficará nos livros de História como ficaram as datas de 28 de Junho de 1914 e de 7 de Dezembro de 1941. Ficará na História porque foi nesse dia que o mundo mudou. Ou, pelo menos, foi nesse dia que nós, ocidentais, entendemos que o mundo tinha mudado.
Compreendemos então que já não estamos seguros, que o modelo de potência única e dominante (os EUA) já não serve num mundo com vários pólos geográficos de desenvolvimento e força política internacional (como são os "BRIC", entre vários outros). Foi aí que todos percebemos que a acção de "polícia internacional" que os EUA exerceram ao longo do séc. XX já não nos pode proteger de eventuais inimigos, e que os valores que prezamos, como a liberdade e a democracia, estão sob ameaça.
Entendemos também que a nossa dependência do petróleo compromete o nosso desenvolvimento futuro a curto prazo pois, para além do problema ambiental e da finitude desses recursos, as nossas economias ficam à mercê dos acontecimentos no Médio Oriente, uma das zonas mais instáveis do globo, onde medram os ódios anti-ocidentais (particularmente anti-americano) e o fanatismo religioso e político.
Nove anos e duas guerras depois, está o mundo mais seguro? Já sabemos como resolver esta insegurança? Encontramos nós o caminho a seguir?
Já nos adaptamos a este novo modelo de política internacional? Qual o papel do Irão no desenvolvimento da região? Como vamos nós, ocidentais, lidar com o Irão e entendê-lo no seu papel regional e internacional? E que têm a dizer a China, a India e a Rússia?
E qual o futuro pretendido para o Afeganistão e para o Iraque (sendo que no Afeganistão ainda não acabou a guerra e no Iraque não existem certezas de futuro após a retirada)? E qual a força actual dos terroristas que nos ameaçam e nos assombram, como a Al-Qaeda?
Não sabemos.
Na verdade, parecemos à deriva. Se descontarmos o choque provocado pelo efeito surpresa e pelas mortes vistas em directo pela TV, estamos hoje como estávamos à nove anos atrás: sem saber muito bem o que nos espera, sem saber qual o próximo passo.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
0 comentários:
Enviar um comentário